segunda-feira, 4 de abril de 2011

Bem-estar

Quinta feira a noite, plantão clínico. Fiquei por volta de três horas e quarenta minutos e nem vi o tempo passar. A dor de cabeça não encontrou o caminho até mim e ainda me convidaram pra uma festa na sexta.

Conversei com minha supervisora de estágio clínico sobre minhas pacientes do PRATA (Programa de Atenção aos Transtornos de Ansiedade). Nessa conversa me sentí psicólogo. De verdade. Pode parecer besteira, mas foram nos detalhes de novo, que percebí isso.

Saí bem. Tranquilo. Sábio. Sem dor de cabeça.

Sexta feira, dia de trabalho fora do escritório. Quis escrever, mas não deu. Estava com vontade e como tudo na vida quando poderia ser bom, acaba não sendo aproveitado como deveria.
Enfim... sexta a noite, festa!
Não... não pude ir à festa. Era tarde. Tinha que ir para a concentração antes de viajarmos para Joinville para a estréia do Tubarão Predadores (www.tubaraopredadores.com.br) no campeonato catarinense de futebol americano.

Malas prontas, arsenal bélico pronto, hora de fechar os portões e tranquilizar o corpo.

04:00hs, sábado... "Boraaaaaaaa! Acorda, acorda, acorda!"
Já era hora de levantar, preparar-se pra guerra. Me sentí acordando como se fôssemos literalmente a uma guerra. E foi.

Viajamos por um bom tempo até Joinville.
Olhava pra todos os companheiros de uma forma que a maioria, acredito, não olhou. Eu observava, como se não participasse daquilo, uma equipe. Vi que cada um estava preparado para o combate, empolgados.

Voltei à consciência... "faço parte disso!"

Chegamos. Chuva. Como diria o pessoal no ônibus... "Joinville?! Ah... primeira chuva à direita".
E foi assim grande parte do jogo. Chuva e mais chuva. Nossas chuteira ficavam submersas. Nossa vontade emergia.
Todos em círculo... abraçados, ouvindo e apreendendo palavras de um mestre e jogador da equipe. Concentrando nossas forças, criando um círculo de união, olhando no olho de cada companheiro, deixando o sangue subir, ferver.

O jogo só não foi tão bom pela falta de experiência de grande parte do time. No mais, lutamos como guerreiros. Não desistimos em nenhum momento.
Desejo aqui, melhoras ao nosso QB (quarter back) e ao nosso DE (Defensive End) que estão se recuperando.
Não... nada de grave.

Perdemos. 59 x 00 para o time bi-campeão estadual, o Joinville Gladiators.
Ganhamos. Mais experiência para os novatos e amizades para os veteranos de guerra.

Voltamos... tristes? NUNCA! A volta, por incrível que pareça, é UMA das coisas mais legais da viagem. Todos se integram, criam-se laços. Enchemos a barriga... juntos.
Fomos a uma pizzaria. Acho que demos prejuízo...

Enfim... em casa. A volta só não é boa porque demora muito e ônibus nunca é muito bom para se viajar. Os detalhes bons da vida são incríveis. Uma cama e um chuveiro tornam-se os objetos mais desejados por quem passa por um jogo desses.



Domingo... ... ... dói. Dói tudo. Os músculos viram cimento. Eu sorrio. A dor pós-jogo mostra que fiz algo. Mostra que o trabalho foi realizado. A dor é boa. Estou vivo!

Hoje é segunda, dia longo de trabalho, leituras, apresentação de trabalho (obrigado querido diário) e... dor! haha

Até.