Estabilidade madura

É bom se sentir forte diante da sua criptonita. Perceber-se estável sem nem mais fazer esforço.
A maturidade agrega valores que me impressionam cada vez mais.
Sair das ilusões de uma infantilidade bem construída.
Não preciso levantar a cabeça porque, sem querer, ela já se encontra lá, no alto, sem prepotência, apenas olhando o horizonte por cima, olhando o amanhã.

Paisagens

Hoje me encontrei com o mundo... percebi o detalhe que há muito tempo não via, o detalhe do entardecer. O céu entrava num confronto hollywoodiano numa mistura de cores a la Walt Disney. O sangue explodia em cores vermelhas no oceano azul do céu. Parei pra eternizar o momento. Parei e deixei o tempo passar, deixei passar a agonia de ter que chegar logo em casa... mas eu não era obrigado... parei.

O suficiente pra transformar meu dia. O suficiente pra transformar uma vida inteira.

Uma razão ou mil corações

Uma razão vale mais que mil corações, afinal não se procedem erros, aliás, apenas um... o de não pertencer ao coração. Um coração ideal, aquele que sofre sem querer sofrer, aquele que erra sem querer errar, produz emoções das quais a razão não pode participar. Uma razão? Não... opto por um coração, aquele que ainda sofre e que não espera mais... que não espera mais por querer.

Maturidade

Hoje tive um sonho, um sonho onde o ontem me fazia bem. Voltar ao passado me trouxe bons ares. Eu tinha o poder do conhecimento atual numa época da qual já fiz parte. Voltei no tempo, voltei ao tempo de criança como adulto. Foi bom, mas passou. Eu acordei como se não pudesse dizer que crescí, como se não acreditassem nisso.

Percebí que isso não era sonho apesar de ter acordado. Eu crescí, realmente crescí em vários aspectos. Deixei a velha criança pra trás e acordei pra vida dando passos firmes, descobrindo um outro EU... não um outro EU ilusório, mas um que tem atitude, um que agora encara a vida com olhos maduros e sem tantas fantasias, que se diverte, que opina sem medo e que enfim começa a provar tudo que talvez já devesse ter provado.

De mãos dadas

(...) e então percebe que nem tudo depende dos seus erros e acertos, das suas atitudes ou formas de pensar, às vezes nem tudo está nas suas mãos, mas também nas de quem você deseja segurar...

E você... (e eu)

E você passa a enxergar coisas que não enxergava. Era cego e não aproveitava. Era cego consigo mesmo e só enxergava o que queria, era Narciso mas não assumia. Perdeu e ainda tem, mas isso não se define como coisa, se define como um sentimento dotado de corpo que se perdeu por uma boa causa. A causa da reflexão, a causa da sabedoria, a causa de uma nova visão.