domingo, 28 de novembro de 2010

Esforços

Sexta a tarde... fui no meu amigo pra ver se terminávamos o relatório. Fizemos quase tudo, deixando apenas uma pequena parte faltando que daria de ser terminado lá na aula.

Fui pra casa, peguei minhas coisas e fui pra faculdade. É sexta, aula de Saúde Mental. Penúltima aula, no entanto, a última vai ficar mais livre...
Terminei o relatório e... adivinhem... a professora não estava lá pra recebê-lo. Resumindo... ainda não o entregamos.

Final de aula. Tempo. O tempo correu, às vezes lento, às vezes rápido, é sexta, não faz diferença.
Sexta é aquele dia em que tudo parece ficar em paz, que tudo é silêncio, que tudo silencia.

Vim pra casa e, embora quisesse silêncio, o amigo piada convidou para tornar um pouco menos silenciosa minha tão querida sexta. Fui. Cansado, mas fui. Sabia que lá iria me agitar um pouco, ao meu estilo é claro, parado. Era uma formatura... uma formatura de terceirão. Às vezes me sentia grande perto dos demais pois eram, na sua maioria, adolescentes aos quais denominamos "pirralhos", como se nunca os tivéssemos sido. Também me sentí pequeno, quase um senhor deslocado de seu mundo idoso.
Percebí que não era tão velho assim, resolví apenas me divertir.

Fui pra casa, e dessa vez aguentei um pouco mais que na outra formatura. Estou menos velho.

Sábado, assisto um novo seriado: "The Walking Dead". Um seriado sobre zumbís que está no começo e vale a pena conferir.
A tarde tive treino de futebol americano em Criciúma. Um belo treinamento. Lá mesmo descobrí que integrantes do time conferiram o blog... aliás, que iriam conferir assim que tivessem tempo pra ler, afinal, esses meus posts estão ficando extensos demais. Ainda sim, agradeço pelas dicas.

Sábado de noite. Saí com meus pais pra comer um X. Após algum tempo, uma família sentou na mesa ao lado da nossa e também pediu o lanche. Havíamos começado a comer a alguns minutos, e quando me dei conta, a família já estava se levantando pra ir embora. Eu ainda não tinha acabado meu X, aliás, nem eu nem minha mãe, o que me leva a pensar... comemos devagar demais, ou o que sentou ao nosso lado foi uma nova geração de famílias? É... só pode ser... uma família express. O objetivo de comer fora de casa significa... 10 minutos de prazer instantâneo?
Enfim... tenho que cuidar da minha vida, e não da dos outros.

Fui embora, cansado, fruto de um treinamento muito bom.

Não morrí. Fui na casa do amigo piada pra ver um filme. Escolhemos um que achávamos que não tínhamos visto. Passado alguns minutos, ambos descobrimos que já havíamos visto, mas não lembrávamos da história. Meus olhos queriam apagar, não estava conseguindo aguentar. Tivemos que terminar por alí, afinal, era um filme de duas horas e meia e assistimos apenas uma hora.

Vim pra casa, apaguei.

Hoje é domingo, domingo de churrasco e Faustão. O churrasco já passou. Vou dormir.
Até.

quarta-feira, 24 de novembro de 2010

Semana cansativa

Domingo... já é noite. Saí com aqueles dois amigos que tinham ido na formatura comigo. Fiz uma coisa que acostumei a fazer em alguns domingos. Comer pizza e tomar refrigerante na calçada ao lado de um posto, ao estilo mais rústico impossível. Comí bastante e, no último pedaço, já estava enjoado. Sobrou refrigerante, aquele fundo da garrafa que, olhando, aparentemente parece ter pouco mas, bebendo, ainda enchem uns 2 copos cheios. Me desafiaram a beber em guti-guti... disseram "duvido". E sabe como é, eu tive que beber. Não conseguí. Meu estômago dilatou a tal ponto que parecia querer externalizar um alien. Enfim... vomitei muito. Tudo que eu comí, voltou.
Mas foi divertido. Foi engraçado. Não passei mal depois.

Dalí, fomos na casa de outro amigo, mas ele não estava. Foi num cachorro quente. E lá fomos nós, apesar de eu não ter passado muito bem minutos atrás.
Chegamos e nos sentamos. Tinham mais 4 pessoas, ou seja, muita comida pra chegar. Apesar de eu dizer que estava bem, o cheiro e toda aquela comida só tendem a piorar a situação.
Para piorar, pensamentos a respeito de toda a situação me vieram à cabeça. Estou de chinelo, acabei de vomitar, meu pé está nojento e agora estou aqui sentindo esse cheiro e vendo mais comida e molhos.

Não gosto de sujeira, gosto das coisas limpas, organizadas. Mas gosto de sair um pouco da rotina para esse sistema descansar um pouco. Será?

Em meio a risos e histórias, eis que o tempo vem apressar nossa ida. Fomos embora... ainda bem.
Precisava de um banho. Precisava purificar meu EU, meu eu físico... e porque não, psíquico.

Já em casa, contei o acontecido. Minha mãe disse que passou pelo vômito quando trazia um cachorro quente para comer em casa. É... fui eu.

Tomei banho. Limpeza enfim. Fiquei na internet até pensar em dormir. Fui... dormir? Não. Fiquei vendo filme. Vi dois. Já eram 04:35hs quando resolví dormir.

05:00hs, o celular desperta, eu desperto. É hora de viajar para o hospital psiquiátrico.
Muitas mulheres e poucos homens no ônibus. Por algum motivo, ando meio... empolgado demais nessas últimas semanas, em especial na segunda, quando estava em meio a muitas mulheres e poucos homens.

Chegamos no hospital. Um lugar diferente. Não era como um hospital psiquiátrico como se vê por aí. Lá é como uma cidade. No começo, o hospital havia sido criado com a função de afastar os leprosos (como eram chamados antigamente) do resto das pessoas "saudáveis". Eram 780 pessoas no início. Agora o número foi bem reduzido e conta não somente com hansenianos, mas também com pacientes psiquiátricos, em sua maioria esquizofrênicos. O hospital tinha tudo, desde igreja, delegacia, casas para os habitantes de lá, até teatro e campo de futebol.
Campo o qual já fui para arbitrar uma partida de futebol americano. Só quando passei ao lado do campo é que me lembrei do local.
Aquele mundo onde ninguém podia entrar ou sair (com excessão das irmãs), me despertou fascinação. Um mundo próprio...

Fomos ao shopping. O outro hospital tinha cancelado nossa visita. Ficamos até o horário que havia sido combinado.
Microonibus é uma droga para viagens. Por mais que se durma... acordar, sair do ônibus e ir pra casa é como ir pro paraíso.
Cheguei em casa e quase em seguida tive que ir pra faculdade... era aula com aquela professora de Psicologia Social. Eu tinha que ir, afinal não é sempre que uma professora nos faz pensar.
Também entreguei Dexter para ela ler.
Embora quisesse muito prestar atenção na aula, eu estava agoniado, como eu disse... hormônios.

Final de aula, ir pra casa... morrer. Dessa vez foi quase em sentido literal do ponto de vista físico.
O cansaço era enorme. Pensei em escrever para o blog... só pensei.

Terça feira. Acordo tarde, acho. A tarde começo a montar o treinamento para ser apresentado na quarta feira, ou pelo menos achava que seria apresentado na quarta feira.
Eu realmente não precisaria ter ido pra faculdade assistir a algum TCC. Mas o fato de eu ter saído muitas vezes da aula desse professor, acabei ficando pendurado por faltas. Como o TCC valia como presença, fui. Assistí um TCC sobre narcisismo no orkut. Minha conclusão é que TCC não vale pra nada se não for você quem o fez. É muito ruim pegar apenas o básico.

Fui pra casa, com uma parada no caminho.

É tarde, tento fazer mais alguma coisa do treinamento com meu amigo. Pedí para que fizesse mais alguma coisa... já estava quase encaminhado. Fui dormir.

Quarta feira, dia de atendimentos. Minhas duas pacientes foram.
Já recebí elogios pelos atendimentos, mas não me sinto suficientemente pronto pra atender. Mas uma frase que sempre levo comigo resumiria o que sempre penso: "O melhor ainda não é bom o bastante".
É como a busca pela perfeição, embora saiba que estou engatinhando nessa fase de desenvolvimento.

Casa. Almoço. Hora de voltar para a conclusão do treinamento que... meu amigo havia mudado quase que por completo.

Fui uma hora antes para arrumar tudo na sala quando minha professora passa na sala, dá um "oi" e começa a sair...
Não entendí. Chamei ela e perguntei se haveria o treinamento. Ela disse que não, que ela seria banca de TCC.
Algo ficou confuso nessa comunicação. Havíamos combinado de certeza que seria naquele dia, no entanto, houve uma falha na comunicação. Por mais engraçado que possa parecer, nosso treinamento é sobre comunicação, o que envolve também as falhas.
Enfim... fui assistir a um TCC de uma amiga, já que eu estava alí.

Hora de ir embora.

Quinta feira. Dia de entregar um relatório de estágio. Esse dia foi um dos dias mais..."vazios" que eu pude ter. Acordei tarde. Fui às 14:00hs pra biblioteca. Lembram quando disse que gostaria que nunca mais passasse tanto tempo numa biblioteca? Pois é... fiquei 6 horas lá dentro. Preso. Tinha que entregar o trabalho... não conseguí.
Conversei com a professora pra entregar na sexta, no entanto, será descontado meio ponto, o que com certeza não faria diferença pra alguém que estava quase morrendo numa biblioteca.

Vim pra casa. Entrei na internet, fiz uma pizza, comí e depois fui dormir.

Sexta de manhã, café e blog... muito tempo no blog. Uma semana interia pra descrever.
Agora a tarde tenho que terminar o relatório. Lá vou eu. Nos vemos em breve, espero.

Até.





domingo, 21 de novembro de 2010

Uma preguiça calejada

Sexta a tarde... acordei e abrí a porta do quarto pra ir tomar café. Uma embalagem na porta... meu livro! Meu livro chegou. Não sabia se lanchava no café ou se devorava o livro.
Fui tomar o café, embora minha fome seja maior pelo livro. Tenho algumas prioridades... quero terminar dois livros antes de começá-lo: "A Cabana - William P. Young" e "Esquisitologia: A estranha psicologia da vida cotidiana - Richard Wiseman".
A Cabana é um livro chato. Mas tenho que terminar... já comecei. Não gosto de começar um livro e não terminar, é meio que uma obsessão. Esquisitologia é muito bom, mas como eu ainda estava no período de não gostar de ler... deixei.

Enfim, tomei café. Fui no meu amigo formatar o notebook.

Hora de ir pra faculdade. Aula de Saúde Mental Coletiva. Cheguei no final da apresentação de um artigo. Depois assistimos a uns episódios de Mental. Semana que vem assistiremos um episódio sobre personalidade narcisista. Vai ser interessante.

A aula acabou. Ficamos esperando uns amigos pra irmos comer em algum lugar. Não apareceram e demos uma passada onde disseram que iam. Estavam lá. Demos um "oi" e depois fomos embora.
Iniciei a leitura do livro A Cabana, mas lí pouco. Muito ruim. Provavelmente porque não acredito em deus, e a história gira em torno disso. Mas como eu disse... vou ter que ler.

Sábado... acho que era... 08:35hs. Pra que acordar 08:35hs num sábado?
O pior é que se voltasse a dormir, acordaria com dor de cabeça. O jeito foi ficar acordado, pelo menos meus pais se levantaram pra fazer café. Meu sábado ficou resumido a nada. Apenas TV e notebook.
Queria sair, fazer algo, embora prefira ficar em casa, no quarto. Esse dia, em especial, eu queria sair. Saí. Saí pra pensar, pra pensar sobre um trabalho de treinamento organizacional, aquele...
Estou em clima de férias, digo... em relação aos "uniformes sociais" (roupas). Fui de chinelo, bermuda e camiseta regata, caminhando a passos lentos, deixando as idéias divagarem...
Andei bastante até perceber que eu estava... andando. Às vezes nem nos damos conta de que estamos caminhando por estarmos pensando em muita coisa. Nesse caso eu estava pensando em uma só, o que acabou por focar mais ainda minha atenção e deixar-me menos hipervigilante.
Quando me dei conta que estava caminhando, pensei em apenas prestar atenção nas outras coisas. Foi o que fiz, embora a cidade parecesse estar em um processo de quarentena... quase ninguém nas ruas.
A chuva fina contribuiu, embora eu não entenda muito esse medo pelas águas que caem do céu. Continuei caminhando, a passos lentos. Andei até parecer que minhas pernas já não mais me pertenciam, elas apenas caminhavam, sabiam o rumo de casa. Voltei.
Fiz feridas entre os dedos, afinal, quem é o idiota que anda muito apenas com chinelos?
Esse foi o resultado. Fim de noite. Sábado mal aproveitado compensado por uma grande e bela pizza portuguesa. Meu estômago, ultimamente, não está aguentando muita comida. Antes eu comia uma pizza inteira e ainda ficava com fome. Hoje, mal como direito uma inteira e passo mal.
Muito disso se deve à acomodação, processo esse que estou mudando. Forçar é necessário em certas ocasiões.

Domingo... acordo pro café e com minha mãe pedindo para ajudar meu pai a carregar areia pra colocar em frente de casa. Fiz. Calejei minhas mãos e algumas feridas apareceram. Minha pele é sensível, infelizmente, ou não.

Já são 15:53hs e continuo enrolando pra escrever esse post. Demorei muito pra escrevê-lo, acho que a preguiça me dominou também. Acho não, tenho certeza.
Fausto Silva já começou. Mais um domingo. Amanhã vou à Florianópolis visitar dois hospitais psiquiátricos. Estou sem dinheiro, acho que farei sanduíches pra levar. Os livros me comeram dinheiro, acho que é pra manter o equilíbrio. Eu os devoro e eles devoram meu dinheiro.

Hoje é domingo... um domingo calejado.

sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Finais

Quinta a tarde... acordo. Acordo com minha mãe chamando para o café. Ainda bem, minha cabeça já estava pesada. Sabe quando se dorme demais e a cabeça parece pesar mais que o corpo e acaba fechando os olhos? É meio agoniante isso... por mais que aquele "peso" encomode, a vontade de dormir é maior ainda.

PRECISO ACORDAR.

Tomei o café. Fui ver TV. Malhação... fazia tempo que eu não assistia. Mas acho que todos sabem o porquê. É sempre a mesma história. Ainda na televisão passou o noticiário de um caso que aqui na minha cidade todos comentam, sobre um possível estupro e consequente morte de uma criança (um menino) de 1 ano e 11 meses que foi encaminhado a U.T.I. do Hospital Nossa Senhora da Conceição aqui de Tubarão. Constatou-se abuso infantil e foi encontrado cocaína no sangue da criança. Os pais (padrasto e mãe biológica) são considerados usuários de droga. O acusado de estupro é o próprio padrasto, o mesmo que vi a mais ou menos 1 mês atrás brincando com essa mesma criança enquanto esperava a mãe (ex ou ainda integrante, não sei, do grupo de teatro que participo) entrar no ônibus conosco para ir apresentar em outra cidade.

Enfim, fiquei cara a cara com um assassino (caso seja o real culpado) e a mãe, que não sei se teve envolvimento real, mas que já deveria ter percebido o abuso.
O engraçado de tudo isso, é que os teatros que temos feito ultimamente são teatros prontos com temas relacionados às diversas violências: violência contra a mulher, violência contra o idoso e abuso infantil.
A integrante do grupo participou algumas vezes desse teatro e é isso que acho engraçado... a capacidade de não perceber (ou fingir não perceber) um abuso dentro de casa.
Em uma das viagens que fizemos pra apresentar esse mesmo teatro, conversamos sobre psicologia, sobre teorias, etc. O que me remeteu a falar sobre uma teoria sobre a vida que criei ao longo dos tempos e que contarei em um outro post. Mas o que quero dizer é que, nessa teoria, tudo o que vivemos iremos viver de novo, de novo, de novo e assim para todo o sempre, sem possibilidade de mudança. Eu contei isso pra todos, inclusive pra ela.
Não gostaria de brigar com ela, de agredir, nem nada do tipo... só gostaria de relembra-la dessa minha teoria... fazer com que ela pensasse um pouco... ela vai viver isso sempre... sempre vai permitir que um dia o que foi dela, sempre será tirado de sua vida pelo próprio ato covarde.

Enfim, hora da faculdade. Cheguei de carro... olha só... quem diria! De carro...
Sério, por um momento me sentí pequeno e grande ao mesmo tempo. Às vezes paramos pra perceber os detalhes da vida, às vezes não nos importamos com absolutamente nada. Hoje parei pra perceber que... eu já sou adulto. Me sentí como se fosse um garoto da 5ª série vendo gente grande, que já tinha condições de dirigir, que já tinham grandes conhecimentos, que já tinham vivido boas experiências. Por um momento, um único momento, crescí numa velocidade incalculável. Já sou grande. Achei graça. Fui pra aula.

Último dia de aula de Psicofarmacologia. Acabou cedo, antes do intervalo. Eu e um amigo fomos à biblioteca conversar sobre o trabalho da semana que vem. Um treinamento organizacional. Nosso tema é comunicação. Enfim, adivinhem... não produzimos nada, de concreto. Mas tivemos idéias, o que já é um progresso.
Mas o "não produzir nada" não foi em função de eu estar com mais alguém fazendo o trabalho, pelo contrário, acho que com ele funciona esse lance do ditado "duas cabeças pensam melhor que uma". O fato é que a internet da universidade que estudo é um lixo, e não funcionou desde que cheguei até a hora de ir embora.
Saímos da biblioteca e... ah! na verdade, fomos à biblioteca porque eu também teria que pagar o ônibus porque vamos a dois hospitais psiquiátricos na segunda que vem. Enfim, paguei, conversamos e saímos.

Conversamos sobre mulheres (o que não é novidade) e depois vim embora.

Fiquei um pouco na virtualidade e fui dormir.

Sexta feira, 06:30hs. Hora de acordar para o último dia de estágio em Psicologia Social. Encomendamos (eu e meu amigo, minha dupla de estágio) salgadinhos e levamos refrís, como eu havia dito que faríamos. Fizemos um fechamento sobre todo o processo que lá ocorreu e depois comemos, bebemos e tocamos um violão (tocamos não, tocaram).

Saindo de lá, fomos pra faculdade entregar os contratos de estágio. Estávamos agitados, não paramos de falar... adivinhem... calor! Calor me irrita.

Hora do almoço. Lasanha congelada. Mais uma vez uma comida daquelas bem capitalistas.

Hoje é sexta, o começo do fim... de semana.

Até.

quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Atitudes

Quarta de manhã... 06:30hs. Olhos colados, mas não tão distante de abri-los quanto imaginei que seria. Acordei mais cedo pra tomar um banho e um café sem pressa. Hoje é dia de PRATA, aquele programa de atenção aos transtornos de ansiedade ao qual havia comentado a uns posts atrás.
Fui mais cedo para preparar o atendimento que teria início às 08:00hs...

07:40hs estava chegando quando me dei conta de que não estava com a chave. Acho que é tudo meio que assim, um indivíduo que andava numa fase onde deixava tudo acontecer e resolve se adiantar em algumas coisas, há sempre um obstáculo que o faz parecer voltar à estaca zero.
Mas não foi essa a forma de pensar (apesar de ter sentido vontade de entregar minha carne aos leões como presente de Natal).

Cheguei em casa, peguei a chave e voltei ao PRATA. 08:00hs. Como se nada tivesse acontecido. Mas pareço gostar de anunciar uma burrice que aparentemente não aconteceu. Falei do "atraso".
Acho que é uma espécie de auto-punição... mostrar ao mundo que sou humano, como qualquer outro.

Atendí. Aguardei a outra paciente. Nada.
Fiquei outra semana a ver navios. Tenho que verificar o que está acontecendo. Enfim, utilizei meu tempo para ler... pasmem... lí Dexter.

11:40hs. Fui no centro depositar o dinheiro de um livro que encomendei: Quando Nietzsche Chorou. Sempre ouví falarem dele (ainda que superficialmente), e resolví comprar. Agora é aguardar.

12:05hs. Almoço. Pensei em escrever no blog, mas achei cedo demais para outra postagem. Não escreví. Dormí. Acordei e me lembrei que tinha dito que essa semana seria corrida, no entanto, não vejo grandes correrias, mas um acúmulo de pensamentos sobre pequenas coisas que eu já teria que fazer de qualquer jeito. Talvez o trabalho de terça tenha sido o que me influenciou a tal pensamento.

Liguei para o colégio onde faço o estágio obrigatório em Psicologia Social para marcar o último dia de estágio, o fechamento com o grupo. Marquei pra sexta. Vamos levar salgadinhos e refrigerantes (coisa que não fizemos em nenhum dos outros estágios). Enfim, sexta termina.

Sentí uma atração, como se o livro tivesse uma órbita própria e atraísse todo o tipo de intelectualidade que alí existisse.
Ao mesmo tempo em que fui atraído, ele fez parte da minha órbita. Mesmo que o livro tivesse pernas, não conseguiria escapar de mim. Como em uma única bocada, devorei boa parte do livro e o tempo novamente pareceu desaparecer.

18:30hs... fui fazer a barba. Sou acostumado a deixar a barba por algum tempo. Quando a tiro, parece que um outro alguém se apodera de mim, sou outro, seja lá quem for. Renovo alguns anos, pareço uma criança, o que em certo ponto mascara intenções e me faz perceber novas atitudes (dos outros), assim como em qualquer outra mudança perceptível.

19:00hs. Estou atrasado. Hoje é dia de treinamento organizacional. Três grupos apresentam treinamentos aplicáveis à organizações e cada dupla recebeu um tema para ser trabalho nos treinamentos.
Incrível. Participei muito da "aula", dei opiniões, discordei, utilizei criatividade...
Algo que não faço com frequência. Diria até que raramente.
Enfim, acho que tudo decorreu do fato de ter chegado atrasado (em função da chuva que prejudica o trânsito próximo à universidade) o que fez meu corpo ficar mais agitado e propício a exalar toda essa hiperventilação. Falei bastante. Citei exemplos pessoais e em todas as 3 apresentações, os exemplos foram com relação ao time de futebol americano do qual participo. Os exemplos pareceram cair como plumas. Ah! um dos vídeos passados (sobre motivação) foi de uma cena de um filme de futebol americano mesmo.

Resumindo, a aula acabou 22:30hs, sendo que geralmente acaba às 22:00hs ou um pouco antes.
Aula bem aproveitada.

Dei carona pra minha professora e conversamos um pouco sobre um possível tema para meu TCC.

Cheguei em casa e pensei em escrever o blog, mas já estava cansado. Preferí deixar pra de manhã. Morrí.

Acordei e fui ler, faltavam poucas páginas, o que eu não sabia se me tornava mais empolgado ou desanimado por acabar.
Devorei mais algumas páginas e, naquele mundo o tempo parecia correr em tempo real, já na realidade, a leitura era lenta, querendo ser aproveitada, cada linha, cada pontuação.
Dexter, acabou. O livro distancia-se um pouco do seriado, mas Dexter é mais sarcástico e frio do que nunca, o que compensa. Acredito que comprar apenas o primeiro livro não vá suprir minha fome dessa leitura sombria e ao mesmo tempo deliciosa. Sei que os outros distanciam-se mais ainda do primeiro, mas Dexter é Dexter, um puro psicopata.

Almoço. Vou dormir.
Hoje é quinta, o começo de uma agoniante espera para a próxima leitura sangria.

terça-feira, 16 de novembro de 2010

Uma terça suada

Segunda a tarde... segunda a noite... nada. Apenas o mundo virtual. Dei férias do mundo real e fiquei viajando no irreal. Se bem que passo boa parte do meu tempo em frente ao notebook. É uma coisa a se repensar... mas já estou criando novos hábitos, logo logo essa alienação se desconstrói e, em parte, sinto-me até melhor.
Sempre tentei deixar a virtualidade um pouco de lado, mas nunca conseguí porque nunca tentei de fato. Ficava só na cabeça...

Esse blog, como eu disse, está me dando um auxílio e, nesta parte de deixar o mundo virtual um pouco de lado, está dando certo.
Não me sinto tão aprisionado quanto antes. As coisas parecem fazer mais sentido fora desse outro mundo, e fazem. São mais bem aproveitadas, o tempo é outro, tudo muda.

Já comentei em outro post que não gosto de jogos de video game ou computador ou qualquer outra coisa. Enjoo fácil. Gosto daquilo que é físico... do jogo da vida real. É nele que me divirto, que crio estratégias de combate, é onde tudo acontece...

Passei o dia todo assim... sem fazer nada. O nada que eu digo é abstrair-se de minha essência, minha essência física.

Dormí. Morrí.

Tinha que acordar cedo e ir pra faculdade fazer um trabalho pra ser entregue a noite.
Já na biblioteca, conciliei três mundos diferentes: o mundo físico, o mundo dos livros e o mundo virtual.
O trabalho é em equipe e, no entanto, preferí fazer sozinho porque sabia que em mais pessoas não adiantaria nada, sempre surge outros assuntos. Achei que daria certo...
Não produzí quase nada mas pelo menos acho que fiz mais do que faria se estivesse com mais alguém. Mas entendo, isso é a ordem natural das coisas, embora o ditado "duas cabeças pensam melhor que uma" caia por água a baixo.

12:15hs. Almoço.

12:30hs, hora de voltar pra faculdade. Voltei. Não produzí muito. Enfim... o trabalho foi terminado em cima da hora (como sempre) e acabou dando tudo certo.
Não quero mais ter dias como esse, desses que passamos o dia todo numa biblioteca. Abro excessão no caso de uma boa e tranquila leitura, sem pressões.
É... preciso fazer isso.

Final de aula, volto pra casa finalmente.

Ainda pretendo me desvencilhar da maioria das produções virtuais, mas acredito que seja difícil. Talvez diminuir o tempo em que fico no notebook. Tirar as coisas de uma hora pra outra raramente dá certo.
Mas o blog eu pretendo deixar. Achei muito interessante essa idéia de diário e estou vendo que vai pra frente. Só peço desculpas aos caros leitores pelo atraso em publicar este último post que provavelmente está com cara de um dia mal passado. E realmente foi isso. Como eu disse, minha semana vai ser corrida...

Hoje é terça a noite, uma terça suada...

Até.

segunda-feira, 15 de novembro de 2010

Espelho, espelho meu...

Domingo frustrante. Como a maioria dos domingos a tarde.
Fiquei no meu leito de morte a maior parte do tempo. Não saí. Não fiz nada. Aprisionei-me no mundo virtual.
Vi Faustão e, apesar de reclamar dele, acho que o que o torna chato é o programa que faz. Aparentemente ele parece ser legal fora das câmeras... aparentemente.

Aparências não dizem muita coisa. Aparências são apenas a ponta de um iceberg, são ilusões. Algumas pessoas as tornam reais, o que pode acabar enfraquecendo-as, deixando-as vulneráveis.

Enfim, o domingo se resumiu a programas de TV e a bolinhos de siri sem gosto de siri.
Passou da meia noite... já é dia da república. Feliz dia da república a todos.

Mas hoje também é dia de uma pessoa especial, e não de um dia especial, afinal, todos envelhecem a todo momento e não apenas no dia de seu aniversário. Não que envelhecer seja algo especial, mas é o que logicamente se comemora sem querer.

Ela é, talvez, a pessoa que mais me entende e que mais se assemelha comigo, o que de certa forma não é muito interessante do ponto de vista onde falar qualquer coisa torna-se falar com um espelho.
Ela sou eu só que em modelo feminino, com algumas diferenças, é claro.
As frases são ditas ao mesmo tempo, com a mesma significância, às vezes com as mesmas palavras e com os mesmos objetivos. A compreensão é mútua e estranha. Não entendo como alguém possa ser tão parecida comigo. Mas acontece...

Sem mais delongas, esse é um dia onde foi escolhido para te dar parabéns por ter nascido. Ficam aqui os meus e minha gratidão por ter te conhecido.

Já é tarde para meus pais e, em circunstâncias normais de dia de semana, seria também pra mim. É o segundo dia de festas no vizinho e o som está alto. Meus pais têm sono leve, e como eu disse, já é tarde. Troquei de quarto com eles, afinal, não quero ve-los irritados ao acordarem.

Morrí.

Acordei e fui ler. Espero acabar Dexter até quarta feira. Minha professora(aquela que eu considero uma das melhores, senão a melhor) pediu emprestado pra ler. Cheguei a comentar com ela em um dia que ela falou sobre psicopatas e sua estabilidade no papel do outro significante(termos abordados em psicologia social).

Hora de almoçar. O rumo que darei para esta tarde poderá definir a correria da semana que se segue...

Hoje é segunda, feriado sem cara de feriado.
Até.

domingo, 14 de novembro de 2010

Sábado de risos

Sábado a noite. O sono bate. Pós-treino geralmente é assim, fico acabado mas acabo dando voltas pela cidade que não se tem nada pra fazer.

Ainda quero sair pra ler ou para, simplesmente, pensar. Tomar novos ares para essas atividades. Prometo, farei.

Não dormí, embora a morte me chamasse. Eram quase 23:00hs e meu amigo piada ainda não estava em casa para combinarmos sobre a formatura. Tempo.
Ele tinha saído. Chegou. Combinamos virtualmente o que faríamos no mundo real. Ele e mais um amigo meu, passariam aqui em casa para que fôssemos juntos num carro só. Passaram. Fomos até a casa de mais um de nossos amigos e de lá fomos a pé para a formatura que era perto (por segurança, preferimos deixar o carro na garagem da casa desse amigo).
A formatura estava como na descrição do post anterior. Muita gente esbarrando em mim, bebidas sendo derramadas, atitudes bizarras, pessoas bizarras, etc.
Percebí que estou muito velho pra essas coisas, apesar de ter só 21 anos. Mas talvez, em parte, tenha sido por ter treinado futebol americano e não ter dado uma descansadinha. Enfim... fora a parte de não me aguentar em pé, ter bebida derramada em mim, ficar sendo esbarrado a todo o tempo, como presumí... noite divertida. Rí até grande parte dos músculos faciais e abdominais não aguentarem mais. Mas não parou por aí, fomos comer um cachorro quente (como de costume). Acho que comentei sobre não haver comida nessas festas, né? Enfim [2]... no caminho pra lá rimos muito mais e, sabe quando o riso é muito forte e bate um soluço? Pois é... esse outro amigo, não o piada, começou a soluçar alto, o que fazia com que tivéssemos mais ataques de risos e... acho que isso contagia. Fiquei com soluço também, ou seja, ferrou tudo.

No cachorro quente, mais coisas engraçadas. Choramos... de rir. Afinal, o piada já estava com soluço também. Eu disse, contagia.

A noite foi isso, rimos muito, eu parecia um pouco bêbado (não tanto quanto das outras vezes, mas ainda sim parecia) e até tinha esquecido que saí pra ir numa formatura. Só percebí quando estava chegando em casa e com o paletó nas mãos. Eram umas 06:30hs.

Morrí. Dessa vez, quase que literalmente.

Acordei cedo... não consigo mais dormir até mais tarde de uma vez só. Digo "de uma vez só" porque até consigo dormir até tarde, mas primeiro acordo e vejo que se ficar acordado vai ser pior depois. Então volto a dormir. Não adiantou muito, acordei 10:30hs. Assistí F1 e fiquei no notebook, ou seja, não assistí F1.

Hora do almoço. Esperava por churrasco, mas era carne de porco. Embora seja uma carne fatiada e tudo mais, juro, enxergo o porco na mesa. O que não muda nada. Carne de porco é boa, ainda que o que eu realmente esperava era uma carne de boi.

Almocei. Discussões? Não... até que não. Quando eu entro na conversa, as coisas ficam mais organizadas, embora eu saiba que se eu me meter, terei que sempre fazer isso. Hoje em especial resolví entrar porque não estava afim de ficar escutando muito. As coisas se encaminharam.

Almoço bom. Fui pra minha... como dizia minha prima... batcaverna.

Morrí. Parece que o cansaço não passa e, geralmente, demora mais alguns dias até passar completamente, afinal, "quebrei a rotina".

Hoje ele é seu domingo Fausto Silva. Aliás... todos eles.
O que salva é que segunda é feriado. E viva ao dia da república!
Até.

sábado, 13 de novembro de 2010

Qual a lógica?

Sexta. Sexta a tarde. Adivinhem... morte. Acordo e conecto-me ao mundo virtual. Ok, vamos utilizar "virtual" como este que todos conhecem, o do computador. Conectei-me. Deixo registrado meus agradecimentos pelos elogios recebidos sobre o blog.

Tempo. Era hora de ir pra faculdade fazer trabalho pra entregar. Fiz. Entreguei e nos foi passado um episódio de um seriado chamado Mental. Aconselho assistirem. Aliás, assistam também Dexter e Lie to Me.

Recebí minha prova. Tirei o necessário.
Não me preocupo com provas. Uma prova não me torna pior ou melhor profissional. Não sou ansioso e acho que já contagiamos (eu e os outros rapazes da sala) o restante da turma. A maioria agora não se desespera com provas, apesar de pegarem as provas do semestre anterior para "estudar". Enfim, terminou a aula e viajei, fui para Dexter. Um mundo que por algum motivo me fascina.

Encontrei uma piada, digo... um amigo. Aliás, ele me encontrou. Já não estava mais no mundo Dexter. Falamos sobre mulheres e sobre abordagens para com elas. Como eu disse, ele é uma piada, uma piada ambulante, ainda que não tenha este objetivo. Mas me perdoe amigo, você é uma das pessoas mais engraçadas que já conhecí. Leve isso como um elogio.
Combinamos de ir ao cachorro quente.
"Um X-bacon, por favor."
Gosto de comidas salgadas, elas parecem ter vida na boca. Uma carne viva.
"Vão beber alguma coisa?"
"Uma Coca de UM LITRO E MEIO!"
(...)
"Parece que eu pedí a maior coisa daqui"

A noite é uma criança... não que tenhamos ficado até altas horas da noite por aí... não, muito pelo contrário, mas nos divertimos bastante, como de praxe. Demos umas voltas nessa incrível cidade que não oferece nada de bom. Nada gratuito, pelo menos. Prefiro muito mais ficar nas calçadas da vida comendo pizza e bebendo refrigerante do que ir a uma "balada".

Balada é uma coisa que não faz sentido pra mim. Já comentei isso com algumas pessoas...
Você paga pra entrar num lugar onde provavelmente não tem lugar pra sentar, caso esteja cansado(a), você escuta músicas que não gosta, você é esbarrado a todo instante mesmo que haja um quilômetro de distância entre você e o atirador de elite, as bebidas são caras (embora eu não beba e nunca tenha bebido, mas apenas pra justificar tal fato), não há comida à venda no local e por aí vai...
No conceito de alguns (talvez da maioria) eu possa parecer um "velho", mas apenas tento ser um pouco lógico. Em casa você "não paga" pra entrar, nem pra beber, não escuta músicas que não gosta, têm lugares para sentar, inclusive deitar, tem comida e por aí vai...
Se o argumento é que lá tem pessoas... você paga pra ver pessoas?
Ok, esse é só meu ponto de vista.

Combinamos em sair no sábado, em irmos numa formatura (que não é necessário pagar - agora sim pareço um velho mão-de-vaca) onde há muitas pessoas reunidas e todos se encostam e trocam suores.
Vou para rir... meu amigo piada vai. Rimos das pessoas. Isso é divertido.

Fomos embora.
Morrí.

Acordei tarde. Virtualidade. Almoço. Agora nos sábados como só peixe. Meus pais mudaram o hábito do sábado. Tenho treino de futebol americano no sábado. Ah é! Eu jogo futebol americano... futebol americano é fascinante, deveriam conhecer. Outro dia falo sobre este maravilhoso esporte.

13:30hs, tenho que me arrumar. Fui treinar. Sol, calor... calor me irrita, o que é bom nesses momentos, consigo me controlar ou transformar essa raiva em energia.

Fim de treino. Volto pra casa. Home sweet and darkness home. É noite.

Vamos ver o que me espera nessa formatura.
Hoje é fim de sábado. Até.



sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Interpretar, explodir, sonhar

Quinta feira a tarde... aproveitei meu dia ficando onde sempre fico quando tenho tempo pra fazer nada, na cama. Dessa vez fiquei fazendo algo que não gosto de fazer, jogando um jogo de computador. Jogos de video game ou computador me enjoam. Não gosto dos jogos virtuais... dos virtuais.

Fui mais cedo pra faculdade para poder entregar um dinheiro a um companheiro do teatro.
Ah! eu faço teatro! Participo de um grupo de teatro espontâneo onde a gente improvisa com as histórias que nos são contadas. Gosto de interpretar. Assim como no teatro, desempenhamos diversos papéis na sociedade e muitas vezes temos que improvisar, assim como neste teatro. Mas gosto de peças prontas, gosto de padrões, pelo menos os meus. Por que faço teatro improvisado? Porque lá encaro situações diversas e que podem pegar de surpresa. Lá se produz instantaneamente papéis diversos, ainda que não prontos. Adaptar-se é a palavra que melhor define. Que me define.

Entreguei o dinheiro e conversamos um pouco sobre nos reunir numa confraternização com o grupo, já que é final de ano e as atividades, a princípio, cessam.
Como ainda tinha tempo, fui na coordenação do curso. Tinha que entregar mais um livro que chegou que minha professora havia pedido. Entreguei. Fiquei um tempo. Saí. Fui ler num banco de madeira. Calmaria, tranquilidade, Dexter.
Sentí o tempo parar, entrei no mundo Dexter. Acordei. Era hora de entrar pra sala. Tínhamos um trabalho de Psicofarmacologia para fazer em sala, não fiz. Comecei a tentar fazer, mas não fiz. Não dei continuidade. Concentrei no trabalho tentando fazer aquilo o mais rápido possível para terminar logo e poder ir embora, mas meus companheiros de equipe conversavam sobre outros assuntos enquanto eu tentava copiar algo de um site que não permitia o famoso "ctrl + c, ctrl + v". Parecia uma guerra... tiros passando ao lado, bombas explodindo no meu ouvido. Explodí. Tinha pedido silêncio. Não fizeram. Não fiz (o trabalho).
Deixei aquela raiva sem sentido tomar conta de mim. Tomar conta controladamente. Terminaram o trabalho. Pensei no porquê dessa raiva... não fazia "muito" sentido. Poderia ter sido uma compensação pelo estado "relax" de ontem (o que acabei não comentando no post anterior). Fui pra casa com uma parada no caminho. Fui embora. Liguei o notebook para entrar em contato com minha rede social de amigos no MSN. Conversei com uma amiga sobre sonhos, desde os eróticos até os catastróficos. Catastrofização me excita.
Fui morrer. Ops! eu quis dizer... dormir.

Dormí demais, aliás... sonhei demais. Para quem já viu o filme "Inception" ou em português "A Origem", vai entender que os sonhos têm diversos níveis e, nesta manhã, cheguei ao nível 4.
Foi algo incrível de se descrever. Sonhei que tinha poderes telecinéticos... podia mover muitas coisas apontando a mão para o lugar que queria que algo fosse movido e pensava nesse objeto se movendo. Eu conseguí mover! Acordei... não era real, mas achei fascinante, tive que contar pros meus amigos. Contei e demonstrei como havia feito e de repente... o objeto se mexeu! Conseguí, é real! Acordei... fiquei decepcionado por ter sido enganado duas vezes. Mas ainda sim fui contar pras pessoas próximas de mim que o sonho havia sido incrível. Contei. Demonstrei. Conseguí! E agora? Essa é a parte em que eu acordo...? Acordei.
Última tentativa... moví os objetos. Uma agonia tomou conta de mim. Ao mesmo tempo em que queria ficar, eu também queria sair. Já não sabia mais o que era ou não realidade. Acordei.
Dessa vez voltei pra realidade. Sabia que agora estava de volta... sabia que tudo que me rodeava era real, mas ainda assim olhei pros lados... tentei mover os objetos. Não conseguí. Pensei: Que realidade chata.

O tempo foi longo. Parece se reproduzir em seu próprio tempo.
Acordei cedo. Não fiz nada. Mais um dia de férias?
Fui almoçar. Mais discussões, apenas rotina.

Hoje é sexta. Até.

quinta-feira, 11 de novembro de 2010

Um dia de férias

Quarta feira a tarde, termino de escrever ao blog. Vou na casa de um amigo assistir "Geração Prozac" um filme muito bom. Enquanto assistíamos, discutimos sobre o possível diagnóstico da personagem principal do filme e supomos que ela tenha um transtorno de personalidade borderline.


Alguns minutos depois me veio à mente uma pessoa e imediantamente associei com tal transtorno. Tudo clareou. Ela é um exemplo perfeito disso. Como diz uma professora minha... "Ela é uma border de carteririnha". Descobrí o pote de ouro no fim do arco-íris. Foi assim que me sentí. Rí por alguns instantes. É fascinante conseguir associar as coisas.

O filme acabou. Fiz algumas coisas no notebook ainda na casa do meu amigo e voltei pra casa.
Tomei café. Tomei banho. Fui pra faculdade. Tive palestra: Ideologia, alienação e poder. Uma ótima aula de história social.
Fui pra casa, com uma parada no caminho. Dor de cabeça. Fui dormir. Morrí. Mas morrí com vontade... não teria nada pra fazer na manhã seguinte. Dispertei. Comecei a escrever o blog mas parei. A vontade de morrer era maior. Morrí. Acordei e fui almoçar. Discussões na mesa, estou acostumado. Geralmente as discussões aparecem nesse período... final de ano, e no fim, tudo volta ao "normal". Tudo continua a mesma coisa, tudo errado.
Subí e continuei meu blog. Morrí de novo. Continuo amanhã. Tenho mais um pouco desse dia de férias pra aproveitar.

quarta-feira, 10 de novembro de 2010

Atrasos reais ou fugas?

Deixei de "escrever" aqui no blog ontem, acho que foi o cansaço mesmo (ou uma fuga), mas hoje vou "escrever" sim.
O dia seguiu, fui pro estágio com a fisioterapia e passei a acompanhar uma das crianças de lá. Meu papel com ele (nesse caso chamarei apenas por T.) é o de suporte, dando ao fisioterapeuta um apoio para trabalhar com ele. T. nasceu com.................
Eu não gosto de crianças, e por isso mesmo trabalho com elas. Sou assim, me preparo para as coisas, ainda que para algumas não pareça. Então é assim... trabalho com crianças porque talvez mais a frente eu necessite saber trabalhar com elas.
Mas crianças são coisas irritantes, principalmente as hiperativas. Ah! eu vou atender uma criança hiperativa. Enfim, voltando ao assunto, eu estava trabalhando com o T. e no final das contas ele me abraçou para sair de cima de uma espécie de cama que tem lá. Por incrível que pareça, crianças gostam de mim. Acabando o auxílio ao T., fiquei andando pelo ambiente da fisioterapia e apareceu uma outra criança (nesse caso chamarei de N.) que já tem 2 anos e meio e não consegue andar direito. Ela chorava muito, o que me irritava profundamente, mas tentei fazer alguma coisa pra parar com o choro dela junto com uma das fisioterapeutas. N. era difícil, chamava pela mãe mesmo estando na frente dela. Enfim... acabei por arrancar sorrisos dela brincando com uma simples bola de plástico. Meu horário estava no fim e disse que tinha que ir. N. dizia que não, que não queria que eu fosse embora. Disse que voltaria semana que vem e então pedí um tchau. Recebí. Acabou.
Fui pra supervisão e em seguida pra sala de aula fazer o trabalho. Calor. Calor me irrita. Calor me deixa embriagado, tal qual um cansaço extremo. Não paro de falar, pareço hiperativo, assim como uma criança. Uma criança chata. E eu realmente consigo ser chato, o que é legal.
Não conseguí terminar o trabalho para entregar na hora para a professora, mas estou para enviar logo por e-mail. A aula de Psicologia Social nunca foi tão boa. Nossa professora é uma das melhores, senão a melhor, que eu já tive.
Vim pra casa. Cansaço.

Terça feira, 09 de novembro, acordo e não faço nada mais que ler "Dexter: A Mão Esquerda de Deus" e voltar a dormir.
11:00hs, hora de ir ao banco. Fui. Esperando encontrar uma fila grande, vejo 4 gatos pingados. 10 minutos entre esperar, pagar e sair. Sol. Calor. Calor me irrita. Nem começou o verão...
Fiquei em casa esperando um livro chegar pelo correio enquanto lia Dexter.
Tinha um trabalho para continuar fazendo. Não fiz. Fui pra faculdade. Entreguei o livro que comprei pra minha professora (não foi presente, não costumo dar presentes).
Fui pra aula, hiperativo. Fiz um pouco do trabalho (professor cedeu tempo pra fazermos em sala). Nossa sala é preguiçosa. Eu sou preguiçoso. Na verdade, estou preguiçoso. Preguiça fruto da minha ex-atual-desestruturação.
Final de aula. Saí mais cedo. Fui ao bar. Aliás, não bebo e nunca bebí. Acompanhei meu amigo (que também não bebe). Ficamos lá... viajando. Sem sentido. Sem objetivo algum. Nesses momentos aproveito pra pensar. Pensei. Não fingí que pensei. Fomos embora, porque nos demos conta de que não tínhamos feito... nada. Dormí. Meu corpo morreu.
Acordei e fui atender no PRATA. Minha segunda paciente não foi. 12:00hs, um grande abraço. Fui embora. Almocei lasanha, daquelas bem capitalistas. Minha mãe não estava em casa.
Agora estou aqui escrevendo, e espero que não escreva mais tanto como escreví agora. É preferível por partes.

Continuo assim que possível. O dia continua. A vida continua.
Até.

segunda-feira, 8 de novembro de 2010

Nada de filosofias...?

Apenas inicio a saga de um diário infinito. Uma ocupação que certamente me trará benefícios, e que me perdoe o meu querido colaborador, pois utilizarei tal espaço para fins pessoais.
Como o blog já estava criado, me aproveitei da situação.

Enfim, hoje comecei o dia com a ingratidão de não querer aproveitar a vida, mas sim a morte. A morte da vida resumida em belos minutos vividos de sono. Acordar pra vida requer um esforço muito grande, requer lutar contra as forças de Morpheu. Quis estar morto por mais alguns minutos...
Mas acordar era necessário. Tinha que viver. Fui à supervisão de estágio de um projeto que participo. ADD.: Pra quem não sabe, eu curso Psicologia e ano que vem (2011) me formo. Já estou atendendo, por isso a supervisão.

Terminando a supervisão, voltei com algumas dúvidas a respeito da minha real eficácia em alguns procedimentos na vida.

As dúvidas são mecanismos traiçoeiros e necessários (até certo ponto). Neste ponto em que vivo, elas são extremamente necessárias, mas prefiro que elas voltem a se tornar a tinta seca do meu muro.
As dúvidas continuam sendo (hoje) meu foco. Tenho que voltar a pensar, a refletir mais, e não a "achar" que estou refletindo. As dúvidas me trouxeram até aqui. E aqui, descobrí que todo esse processo me auxiliará nessa reconstrução interna.

Após a supervisão fui ao banco. Passar pelo centro é engraçado. Eu estava de bermuda, chinelo e o sol estava querendo ser incriminado por chacina.
Todos andaram rápido, uns de roupa comprida, outros não. Não sei se corriam pelo tempo ou pra fugir das armas apontadas lá de cima para suas cabeças. Eu odeio o sol, mas prefiro contrariar os outros, o que nesse momento fez eu curtir toda aquela movimentação e, inclusive, o sol que todos amam na praia...
Andei devagar. Pensei. Entrei no banco e aguardei. Fila de banco é chata, mas não por demorar, demorar é até interessante quando as pessoas aproveitam o tempo alí "dispendido" para pensar, refletir. A fila é chata porque todos reclamam dos bancos, mesmo sabendo que falar com a pessoa ao lado não vai resolver nada. Aí vai um conselho, fique quieto. Ninguém é obrigado a te ouvir falar o que todos já sabem.
Enfim(2), fui atendido e me disseram que o dinheiro só sairá amanhã. Algumas pessoas ficariam irritadas, eu apenas disse que voltaria alí amanhã. O que quer dizer que certamente vou relatar sobre mais alguém que falou mal do atendimento do banco.

Almocei, tenho trabalho pra fazer e entregar hoje. Ainda não fiz e nem sei se vou conseguir terminar. Tenho que ir em outro projeto que estou, vou começar a atender alí também. É um projeto em conjunto com a fisioterapia, onde crianças com problemas físicos recebem o acompanhamento de fisioterapeutas e psicólogos.

Provavelmente, se essa história de blog ficar, eu continuo amanhã contando o resto do meu dia e o começo do outro.

Até.