sexta-feira, 19 de novembro de 2010

Finais

Quinta a tarde... acordo. Acordo com minha mãe chamando para o café. Ainda bem, minha cabeça já estava pesada. Sabe quando se dorme demais e a cabeça parece pesar mais que o corpo e acaba fechando os olhos? É meio agoniante isso... por mais que aquele "peso" encomode, a vontade de dormir é maior ainda.

PRECISO ACORDAR.

Tomei o café. Fui ver TV. Malhação... fazia tempo que eu não assistia. Mas acho que todos sabem o porquê. É sempre a mesma história. Ainda na televisão passou o noticiário de um caso que aqui na minha cidade todos comentam, sobre um possível estupro e consequente morte de uma criança (um menino) de 1 ano e 11 meses que foi encaminhado a U.T.I. do Hospital Nossa Senhora da Conceição aqui de Tubarão. Constatou-se abuso infantil e foi encontrado cocaína no sangue da criança. Os pais (padrasto e mãe biológica) são considerados usuários de droga. O acusado de estupro é o próprio padrasto, o mesmo que vi a mais ou menos 1 mês atrás brincando com essa mesma criança enquanto esperava a mãe (ex ou ainda integrante, não sei, do grupo de teatro que participo) entrar no ônibus conosco para ir apresentar em outra cidade.

Enfim, fiquei cara a cara com um assassino (caso seja o real culpado) e a mãe, que não sei se teve envolvimento real, mas que já deveria ter percebido o abuso.
O engraçado de tudo isso, é que os teatros que temos feito ultimamente são teatros prontos com temas relacionados às diversas violências: violência contra a mulher, violência contra o idoso e abuso infantil.
A integrante do grupo participou algumas vezes desse teatro e é isso que acho engraçado... a capacidade de não perceber (ou fingir não perceber) um abuso dentro de casa.
Em uma das viagens que fizemos pra apresentar esse mesmo teatro, conversamos sobre psicologia, sobre teorias, etc. O que me remeteu a falar sobre uma teoria sobre a vida que criei ao longo dos tempos e que contarei em um outro post. Mas o que quero dizer é que, nessa teoria, tudo o que vivemos iremos viver de novo, de novo, de novo e assim para todo o sempre, sem possibilidade de mudança. Eu contei isso pra todos, inclusive pra ela.
Não gostaria de brigar com ela, de agredir, nem nada do tipo... só gostaria de relembra-la dessa minha teoria... fazer com que ela pensasse um pouco... ela vai viver isso sempre... sempre vai permitir que um dia o que foi dela, sempre será tirado de sua vida pelo próprio ato covarde.

Enfim, hora da faculdade. Cheguei de carro... olha só... quem diria! De carro...
Sério, por um momento me sentí pequeno e grande ao mesmo tempo. Às vezes paramos pra perceber os detalhes da vida, às vezes não nos importamos com absolutamente nada. Hoje parei pra perceber que... eu já sou adulto. Me sentí como se fosse um garoto da 5ª série vendo gente grande, que já tinha condições de dirigir, que já tinham grandes conhecimentos, que já tinham vivido boas experiências. Por um momento, um único momento, crescí numa velocidade incalculável. Já sou grande. Achei graça. Fui pra aula.

Último dia de aula de Psicofarmacologia. Acabou cedo, antes do intervalo. Eu e um amigo fomos à biblioteca conversar sobre o trabalho da semana que vem. Um treinamento organizacional. Nosso tema é comunicação. Enfim, adivinhem... não produzimos nada, de concreto. Mas tivemos idéias, o que já é um progresso.
Mas o "não produzir nada" não foi em função de eu estar com mais alguém fazendo o trabalho, pelo contrário, acho que com ele funciona esse lance do ditado "duas cabeças pensam melhor que uma". O fato é que a internet da universidade que estudo é um lixo, e não funcionou desde que cheguei até a hora de ir embora.
Saímos da biblioteca e... ah! na verdade, fomos à biblioteca porque eu também teria que pagar o ônibus porque vamos a dois hospitais psiquiátricos na segunda que vem. Enfim, paguei, conversamos e saímos.

Conversamos sobre mulheres (o que não é novidade) e depois vim embora.

Fiquei um pouco na virtualidade e fui dormir.

Sexta feira, 06:30hs. Hora de acordar para o último dia de estágio em Psicologia Social. Encomendamos (eu e meu amigo, minha dupla de estágio) salgadinhos e levamos refrís, como eu havia dito que faríamos. Fizemos um fechamento sobre todo o processo que lá ocorreu e depois comemos, bebemos e tocamos um violão (tocamos não, tocaram).

Saindo de lá, fomos pra faculdade entregar os contratos de estágio. Estávamos agitados, não paramos de falar... adivinhem... calor! Calor me irrita.

Hora do almoço. Lasanha congelada. Mais uma vez uma comida daquelas bem capitalistas.

Hoje é sexta, o começo do fim... de semana.

Até.

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