sexta-feira, 12 de novembro de 2010

Interpretar, explodir, sonhar

Quinta feira a tarde... aproveitei meu dia ficando onde sempre fico quando tenho tempo pra fazer nada, na cama. Dessa vez fiquei fazendo algo que não gosto de fazer, jogando um jogo de computador. Jogos de video game ou computador me enjoam. Não gosto dos jogos virtuais... dos virtuais.

Fui mais cedo pra faculdade para poder entregar um dinheiro a um companheiro do teatro.
Ah! eu faço teatro! Participo de um grupo de teatro espontâneo onde a gente improvisa com as histórias que nos são contadas. Gosto de interpretar. Assim como no teatro, desempenhamos diversos papéis na sociedade e muitas vezes temos que improvisar, assim como neste teatro. Mas gosto de peças prontas, gosto de padrões, pelo menos os meus. Por que faço teatro improvisado? Porque lá encaro situações diversas e que podem pegar de surpresa. Lá se produz instantaneamente papéis diversos, ainda que não prontos. Adaptar-se é a palavra que melhor define. Que me define.

Entreguei o dinheiro e conversamos um pouco sobre nos reunir numa confraternização com o grupo, já que é final de ano e as atividades, a princípio, cessam.
Como ainda tinha tempo, fui na coordenação do curso. Tinha que entregar mais um livro que chegou que minha professora havia pedido. Entreguei. Fiquei um tempo. Saí. Fui ler num banco de madeira. Calmaria, tranquilidade, Dexter.
Sentí o tempo parar, entrei no mundo Dexter. Acordei. Era hora de entrar pra sala. Tínhamos um trabalho de Psicofarmacologia para fazer em sala, não fiz. Comecei a tentar fazer, mas não fiz. Não dei continuidade. Concentrei no trabalho tentando fazer aquilo o mais rápido possível para terminar logo e poder ir embora, mas meus companheiros de equipe conversavam sobre outros assuntos enquanto eu tentava copiar algo de um site que não permitia o famoso "ctrl + c, ctrl + v". Parecia uma guerra... tiros passando ao lado, bombas explodindo no meu ouvido. Explodí. Tinha pedido silêncio. Não fizeram. Não fiz (o trabalho).
Deixei aquela raiva sem sentido tomar conta de mim. Tomar conta controladamente. Terminaram o trabalho. Pensei no porquê dessa raiva... não fazia "muito" sentido. Poderia ter sido uma compensação pelo estado "relax" de ontem (o que acabei não comentando no post anterior). Fui pra casa com uma parada no caminho. Fui embora. Liguei o notebook para entrar em contato com minha rede social de amigos no MSN. Conversei com uma amiga sobre sonhos, desde os eróticos até os catastróficos. Catastrofização me excita.
Fui morrer. Ops! eu quis dizer... dormir.

Dormí demais, aliás... sonhei demais. Para quem já viu o filme "Inception" ou em português "A Origem", vai entender que os sonhos têm diversos níveis e, nesta manhã, cheguei ao nível 4.
Foi algo incrível de se descrever. Sonhei que tinha poderes telecinéticos... podia mover muitas coisas apontando a mão para o lugar que queria que algo fosse movido e pensava nesse objeto se movendo. Eu conseguí mover! Acordei... não era real, mas achei fascinante, tive que contar pros meus amigos. Contei e demonstrei como havia feito e de repente... o objeto se mexeu! Conseguí, é real! Acordei... fiquei decepcionado por ter sido enganado duas vezes. Mas ainda sim fui contar pras pessoas próximas de mim que o sonho havia sido incrível. Contei. Demonstrei. Conseguí! E agora? Essa é a parte em que eu acordo...? Acordei.
Última tentativa... moví os objetos. Uma agonia tomou conta de mim. Ao mesmo tempo em que queria ficar, eu também queria sair. Já não sabia mais o que era ou não realidade. Acordei.
Dessa vez voltei pra realidade. Sabia que agora estava de volta... sabia que tudo que me rodeava era real, mas ainda assim olhei pros lados... tentei mover os objetos. Não conseguí. Pensei: Que realidade chata.

O tempo foi longo. Parece se reproduzir em seu próprio tempo.
Acordei cedo. Não fiz nada. Mais um dia de férias?
Fui almoçar. Mais discussões, apenas rotina.

Hoje é sexta. Até.

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