quinta-feira, 26 de março de 2009

Uma vida... um princípio... um destino e um fim...

Vivemos de fantasias e de sonhos, vivemos nos escondendo por entre máscaras, atravessando paredes e ao mesmo tempo aprisionados... Somos livres? Talvez a liberdade não seja um conceito que apreendemos de forma correta. Geralmente não o entendemos como um princípio onde há imposição de limites, de regras... mas sim, como uma vazão da "alma", como se fosse possível fazer tudo o que quizéssemos. Mas não é bem assim que funciona, e você, leitor, há de concordar neste aspecto: somos movidos pelo sistema. Um sistema de regras morais, de leis, de costumes e mesmo que furemos algum desses construtores, outro fator qualquer nos aprisionará.


E a Liberdade da consciência? Ah... essa nos dá o gostinho de pensar em qualquer coisa... Somos livres para pensar então? Todo o conhecimento adquirido ao longo da vida advém de uma constante alteração de sínteses, ou seja, teses que propoem anti-teses que acabam por sintetizarem-se e transformam-se novamente. São experiências pessoais (adquiridas com o meio) que se juntam com uma cultura que por sua vez o faz pensar. Pensar? Ou apenas relacionar as vivências do ambiente?


Vai aí um conselho um pouco mais "dramático" se você acredita em destino.
Você não tem liberdade e é melhor que retire essa palavra de seu vocabulário, pois só o torna mais confuso e o estimula a uma busca sem sentido...
VOCÊ NÃO É LIVRE...
Para que viver...? Bom... uma boa pergunta... talvez porque não tenha uma escolha, talvez porque "não exista uma escolha".

Mundo Novo... Neomecanicismo

Estaríamos nós, seguindo os passos de nosso admirável escritor Aldous Huxley?
A modernidade tecnológica nos assusta em certos aspectos, mas em outros consideramos como algo normal da evolução científica. Penso ter avançado a tal ponto, que a "profecia" de Huxley já esteja aplicada aos meus processos mentais (e deixo claro aqui, que em nenhum momento fui influenciado por tal autor, apenas estou ligando os pontos de minha "vida" com suas idéias).
... agora fazendo algumas interpretações de acordo com o livro "Admirável Mundo Novo"...

Estamos inconscientemente nos tornando máquinas ao longo do tempo... Os sentimentos já não mais existirão (ou pelo menos serão bloqueados a ponto de nem os perceber).
Para aqueles que acreditavam que as máquinas dominariam o mundo, posso em certo ponto concordar, pois somos máquinas, seremos máquinas, controlaremos máquinas. Seremos adeptos do mecanicismo, voltaremos em épocas onde já se "previa o futuro" (o objetivo dos filósofos era desvendar o passado e presente, mas acabaram pregando o futuro).
Não ligaremos mais para o sobrenatural, não haverá religião, não haverá opções, não haverá...

Seremos talvez seguidores de um deus... Não esse deus que "salva" vidas, esse deus que liberta, esse deus intransponível que regula vida e morte (e isso não se pode afirmar, pois é só considerar o suicídio)... mas do Deus máquina, um Deus que não carne osso, mas pelo menos concreto. Esse é o Deus que pode criar vidas, salvar vidas, dar rumo a novas e velhas vidas... (claro, se louvado com cuidado e não para a destruição, afinal, o que se busca é a "estabilidade").

Este será nosso futuro... nos tornar máquinas que fabricam máquinas, que por sua vez serão louvadas como divindades... Uma nova Era se cumprirá, a Era Neomecanicista.