quinta-feira, 18 de novembro de 2010

Atitudes

Quarta de manhã... 06:30hs. Olhos colados, mas não tão distante de abri-los quanto imaginei que seria. Acordei mais cedo pra tomar um banho e um café sem pressa. Hoje é dia de PRATA, aquele programa de atenção aos transtornos de ansiedade ao qual havia comentado a uns posts atrás.
Fui mais cedo para preparar o atendimento que teria início às 08:00hs...

07:40hs estava chegando quando me dei conta de que não estava com a chave. Acho que é tudo meio que assim, um indivíduo que andava numa fase onde deixava tudo acontecer e resolve se adiantar em algumas coisas, há sempre um obstáculo que o faz parecer voltar à estaca zero.
Mas não foi essa a forma de pensar (apesar de ter sentido vontade de entregar minha carne aos leões como presente de Natal).

Cheguei em casa, peguei a chave e voltei ao PRATA. 08:00hs. Como se nada tivesse acontecido. Mas pareço gostar de anunciar uma burrice que aparentemente não aconteceu. Falei do "atraso".
Acho que é uma espécie de auto-punição... mostrar ao mundo que sou humano, como qualquer outro.

Atendí. Aguardei a outra paciente. Nada.
Fiquei outra semana a ver navios. Tenho que verificar o que está acontecendo. Enfim, utilizei meu tempo para ler... pasmem... lí Dexter.

11:40hs. Fui no centro depositar o dinheiro de um livro que encomendei: Quando Nietzsche Chorou. Sempre ouví falarem dele (ainda que superficialmente), e resolví comprar. Agora é aguardar.

12:05hs. Almoço. Pensei em escrever no blog, mas achei cedo demais para outra postagem. Não escreví. Dormí. Acordei e me lembrei que tinha dito que essa semana seria corrida, no entanto, não vejo grandes correrias, mas um acúmulo de pensamentos sobre pequenas coisas que eu já teria que fazer de qualquer jeito. Talvez o trabalho de terça tenha sido o que me influenciou a tal pensamento.

Liguei para o colégio onde faço o estágio obrigatório em Psicologia Social para marcar o último dia de estágio, o fechamento com o grupo. Marquei pra sexta. Vamos levar salgadinhos e refrigerantes (coisa que não fizemos em nenhum dos outros estágios). Enfim, sexta termina.

Sentí uma atração, como se o livro tivesse uma órbita própria e atraísse todo o tipo de intelectualidade que alí existisse.
Ao mesmo tempo em que fui atraído, ele fez parte da minha órbita. Mesmo que o livro tivesse pernas, não conseguiria escapar de mim. Como em uma única bocada, devorei boa parte do livro e o tempo novamente pareceu desaparecer.

18:30hs... fui fazer a barba. Sou acostumado a deixar a barba por algum tempo. Quando a tiro, parece que um outro alguém se apodera de mim, sou outro, seja lá quem for. Renovo alguns anos, pareço uma criança, o que em certo ponto mascara intenções e me faz perceber novas atitudes (dos outros), assim como em qualquer outra mudança perceptível.

19:00hs. Estou atrasado. Hoje é dia de treinamento organizacional. Três grupos apresentam treinamentos aplicáveis à organizações e cada dupla recebeu um tema para ser trabalho nos treinamentos.
Incrível. Participei muito da "aula", dei opiniões, discordei, utilizei criatividade...
Algo que não faço com frequência. Diria até que raramente.
Enfim, acho que tudo decorreu do fato de ter chegado atrasado (em função da chuva que prejudica o trânsito próximo à universidade) o que fez meu corpo ficar mais agitado e propício a exalar toda essa hiperventilação. Falei bastante. Citei exemplos pessoais e em todas as 3 apresentações, os exemplos foram com relação ao time de futebol americano do qual participo. Os exemplos pareceram cair como plumas. Ah! um dos vídeos passados (sobre motivação) foi de uma cena de um filme de futebol americano mesmo.

Resumindo, a aula acabou 22:30hs, sendo que geralmente acaba às 22:00hs ou um pouco antes.
Aula bem aproveitada.

Dei carona pra minha professora e conversamos um pouco sobre um possível tema para meu TCC.

Cheguei em casa e pensei em escrever o blog, mas já estava cansado. Preferí deixar pra de manhã. Morrí.

Acordei e fui ler, faltavam poucas páginas, o que eu não sabia se me tornava mais empolgado ou desanimado por acabar.
Devorei mais algumas páginas e, naquele mundo o tempo parecia correr em tempo real, já na realidade, a leitura era lenta, querendo ser aproveitada, cada linha, cada pontuação.
Dexter, acabou. O livro distancia-se um pouco do seriado, mas Dexter é mais sarcástico e frio do que nunca, o que compensa. Acredito que comprar apenas o primeiro livro não vá suprir minha fome dessa leitura sombria e ao mesmo tempo deliciosa. Sei que os outros distanciam-se mais ainda do primeiro, mas Dexter é Dexter, um puro psicopata.

Almoço. Vou dormir.
Hoje é quinta, o começo de uma agoniante espera para a próxima leitura sangria.

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