Foi como tirar férias em plena terça feira. Aquele velho jargão de que "pareceu uma eternidade num único momento", em uma única noite. Uma dança de corpos, de sensações. A dança de nossos corpos.
Acordei com olhos embaçados, mas não meu coração. Tudo estava claro como a luz que alí adentrava.
Estávamos numa pousada, num chalé aconchegante. Senti-me dono dalí, como se fosse o homem da casa. Já era crescido. Não precisava mais acorda-la pra perguntar o que queria no café da manhã. Preparei e, enquanto o fazia, recebo um abraço sonolento pela cintura. Virei, olhei em seus olhos semi-abertos, segurei seu rosto e dei-lhe um selinho. Um beijo que pareceu o mais gostoso de todos que havia experimentado. E era.
Era o beijo de liberdade. O beijo que simbolizou nossa primeira noite juntos.
Tínhamos que partir. Trabalharíamos no período da tarde.
Arrumamos as coisas e partimos.
A cada quilômetro percorrido meu rosto se virava pro seu, numa admiração inexplicável e (in)voluntária. Não conseguia parar de olha-la. "Quero-te de novo", pensava. Ela, me questionava: "O que houve?". Eu não falava, só sorria.
Tempos de guerra. Tempos de buscar a paz.
A minha... já encontrei.
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