terça-feira, 1 de setembro de 2015

Tempos de guerra

Foi como tirar férias em plena terça feira. Aquele velho jargão de que "pareceu uma eternidade num único momento", em uma única noite. Uma dança de corpos, de sensações. A dança de nossos corpos.

Acordei com olhos embaçados, mas não meu coração. Tudo estava claro como a luz que alí adentrava.
Estávamos numa pousada, num chalé aconchegante. Senti-me dono dalí, como se fosse o homem da casa. Já era crescido. Não precisava mais acorda-la pra perguntar o que queria no café da manhã. Preparei e, enquanto o fazia, recebo um abraço sonolento pela cintura. Virei, olhei em seus olhos semi-abertos, segurei seu rosto e dei-lhe um selinho. Um beijo que pareceu o mais gostoso de todos que havia experimentado. E era.
Era o beijo de liberdade. O beijo que simbolizou nossa primeira noite juntos.

Tínhamos que partir. Trabalharíamos no período da tarde.
Arrumamos as coisas e partimos.

A cada quilômetro percorrido meu rosto se virava pro seu, numa admiração inexplicável e (in)voluntária. Não conseguia parar de olha-la. "Quero-te de novo", pensava. Ela, me questionava: "O que houve?". Eu não falava, só sorria.

Tempos de guerra. Tempos de buscar a paz.
A minha... já encontrei.

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