quinta-feira, 8 de janeiro de 2015

O Palhaço

Desde então muita coisa mudou. Sou policial. Conseguí. Muito esforço, grande trajeto. Muitas conquistas capitais, muitas conquistas pessoais, algumas falsas conquistas.

A verdade é que... voltei. Infelizmente. Sou eu... o da dor de cabeça. Reprazer.

É narcísico, é frio, lógico, racional, resistente, inteligente, criativo dentro do mundo fútil que o cerca, é objetivo, gosta de brincar... com a vida. Tem pulsão de morte, adrenalina em picos, movido pela raiva, descarta outros sentimentos.
Tem reações ao próprio sistema em razão deste descarte, é claro... mas assim o equilíbrio, o padrão, a necessidade de um sistema não-falho acaba por se criar. A zona de conforto... melhor opção.

Medo? Não... o medo aparece na ausência do conhecimento do que não se havia percebido. Eu percebí. Atravessei o abismo. Atravessei para cair direto na boca da serpente. Agora levanto. "Volto às minhas coisas mesmas".

Linhas retas, e não curvas.

A verdade você descobre no seu dia a dia, descobre que ela é cruel. Mas continua em frente nesse palco da vida... atuando. Abram-se as cortinas, o palhaço chegou.

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