sexta-feira, 25 de março de 2011

Testar limites

Sexta feira. Manhã. O sol resolveu me dar trégua. O dia acordou... friorento!
Um arzinho gelado, daqueles bons pra se dar uma caminhada pela cidade enquanto boa parte dela ainda dorme. Não caminhei.

Acordei achando que amanhã já começariam os jogos da Federação Catarinense de Futebol Americano. Achei que nosso jogo de estréia estava batendo na porta. Minha mãe me lembrou que ainda não estamos em abril. Às vezes o tempo me engana, às vezes ele se engana. Hoje foi a minha vez.

Não caminhei. Vim para o trabalho, louco para chegar diante de uma calmaria admirável.

O guarda não me viu, a faxineira não me viu. Ninguém se vê quando ainda é manhã, ninguém se cumprimenta. Todos estão ainda meio mortos.
Caminhei invisível, passei silencioso.

Ambiente escuro, ar condicionado e produção.
Começo a escrever quando, logo cedo, ligam o som. Aqueles sons que tocam sempre as mesmas músicas. Coisa de shoppings. Meu silêncio total acabou. O jeito é começar o dia com essa receptividade artificial.

Ontem, na quinta feira, o final do dia foi uma eternidade destrutiva. Estava com fome já às 17:30hs quando, na verdade, faço meu lanche às 18:00hs. Acreditem, meia hora faz A diferença. Quando como às 18:00hs, sinto fome denovo só lá pelas 21:30hs ou 22:00hs. Sentí fome às 20:00hs e meu plantão clínico vai até às 22:00hs.
Pra completar, o ambiente em que eu estava era a réplica do inferno. Calor, porta fechada, suor, um ventiladormotordeavião e uma dor de cabeça daquelas que pesam os olhos. Quem acompanha o blog, sabe como me sinto em relação ao calor.

Gosto de me desafiar. Ao invés de ficar quieto por causa da dor de cabeça, me provoquei. Fiquei conversando. Bastante. Era como se alguém de fora estivesse rindo da minha cara.

Testar os limites engrandece. Prepara. Aperfeiçoa, ainda que seja nos "detalhes".

Fui pra casa.
Não, não tomei remédio. Não gosto de remédio. Morrí.

Hoje estou aqui, só esperando ver qual a peça que o tempo vai me pregar. Estou de bicicleta. Alguém imagina o que vai acontecer?

Até.

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